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Integração: o caminho para a cura e a saúde das relações

Integração: o caminho para a cura e a saúde das relações

14 de maio de 2020

No artigo anterior eu falei sobre a vida, sobre o ego e sobre a necessidade de uma nova mentalidade, ou mentalidade sistêmica para atender as necessidades deste mundo líquido e saber lidar com as incertezas da vida.

Quero neste artigo falar sobre a integração como o caminho para a cura e a saúde das relações e aprofundar sobre os desafios de controlar o ego para abrir a mente e o coração para o processo de transformação do modelo mental. 

Já sabemos que uma das maiores funções do ego é gerenciar o mundo interno, atender as necessidades individuais e trazer ordem e segurança interna, mesmo que seja através de ilusões, distorções e fortes convicções.

 Também sabemos que a vida é incerta, dinâmica, paradoxal,  ambígua, e sensívelmente influenciada por cada um e o contexto da vida assim como o seu processo de evolução se faz fora desta zona de conforto criada pela mente que mente. 


O poder da escolha


Desta forma, a transformação e a evolução é uma escolha seguida do esforço em aceitar a vida como ela é e aprender a lidar com suas incertezas sob um novo modelo mental. 

Aceitar não significa se acomodar ou deixar como está, mas sim que você entende como a vida funciona e respeita uma das três leis sistemicas que é o pertencimento. 

Tudo o que existe tem o direito de existir e faz parte de um mesmo sistema. Desta forma, a exclusão é uma grande causadora de sofrimento, uma vez que desrespeita este princípio sistemico de inclusão.

Sistemicamente não existe bom ou mau, certo ou errado, não cabe julgamento em sistemas orgânicos. O que se vê como algo mau, errado ou ruim é uma percepção, sintoma ou indicador de desarmonia. 

Você pode então: escolher integrar-se e olhar o mundo de forma integrada, assim como pode escolher agir com a mentalidade tradicional guiada pelo ego queria identificações, exclui e julga. A escolha é sua.

Condicionamentos

Acontece que é fácil falar, o processo é mais profundo e inconsciente.

Nossa cultura e sua mentalidade tradicional aprendeu a julgar e excluir o que crê não merecer fazer parte e esta dinâmica é que produz as sombras ou os conteúdos que são jogados para o inconscientes ou reprimidos pela consciência. Jung dizia que ” Tudo o que você exclui tem poder sobre você” e é isso que o sistema social tem vivido. 

Quem reprime ou “exclui”  é o ego que joga para a sombra o que não aceita ou não dá conta de incluir na consciência. É por isso que a mente cria seus mecanismos de defesa e os sabotadores internos que se alimentam destas sombras e mantem a zona de conforto protegida. 

Os sabotares internos são criados, por sua vez, por crenças limitantes que podem ser sistêmicas, coletivas ou produzidas por experiências pessoais passadas. 

São estas crenças que alteram a percepção e influenciam na criação do modelo mental. Covey dizia que “vemos a vida não como ela é, mas como somos.”

Por isso, mudar a mentalidade é tão importante. Nosso paradigma é o da exclusão, assim como do individualismo, da separação, do materialismo, da racionalidade exclusiva, do consumismo, do apego, do mecanicismo e outos ismos. 

O caminho para a cura e as relações saudáveis na vida implica respeitar as características da vida e os seus princípios sistêmicos, portanto, o movimento é de integração.

O paradigma tradicional, por outro lado, é exclusivista, separatista e individualista. Por isso, a importância e urgência de uma mentalidade sistêmica.

Além de aceitar, incluir, respeitar, equilibrar, incluir, colaborar, aprender, evoluir e escolher com consciência, a mentalidade sistêmica integra o foi separado e fragmentado pelo modelo mental anterior. 

Desta forma, você aprende que temos luz e sombra, qualidades e defeitos, enfim, temos dentro toda a totalidade de fora e isso inclui o mau, o que faz mal e toda sombra que julgo no outro ou tento reprimir em mim. 

Integralidade

Somente com esta integralidade é que é possível lidar com este desafio e controlar o ego para incluir e , assim criar um espaço seguro para se relacionar. A confiança precisa de autenticidade e transparência.

Desta forma, primeiro você aceita e acolhe (o que sua consciência não deseja) para olhar para dentro e começar o processo de mudança do que você pode fazer com isso e que faz parte do seu papel e responsabilidade. Enfim,de dentro para fora. 

A energia de exclusão e repressão usada pelo ego desta forma é canalizada para aprender e desenvolver a partir de uma postura humilde, inclusiva e sistêmica. 

A postura humana de empatia, por sua vez e por incrível que pareça, pode trazer exclusão e separação. A postura sistêmica, por sua vez, traz igualdade e compaixão.

Desta forma, ao invés da exclusão ou dos movimentos sociais de luta pelas minorias contra a maioria opressora, o movimento sistêmico inclui vítimas e alfozes dentro do mesmo campo de dor e desperta compaixão e responsabilidade em fazer diferente. 

Em outras palavras, a mentalidade sistêmica é guiada pela essência e integração é o seu movimento natural, assim como a busca pelo o bem comum.

Vida é saúde e relacionamento. Quando se respeita a integralidade vive-sem fluxo harmonioso e é esta a tendência das pessoas e organizações sob uma consciência mais ampliada.

Vamos juntos. Se quiser saber como, entre em contato.

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