Atire a primeira pedra quem nunca mentiu. A mentira faz parte da nossa história, assim como nossa criança interna, um personagem vivo da infância que, às vezes, assume o controle da vida e nos coloca em situações embaraçosas e desgastantes devido sua imaturidade. Mentir faz parte do processo de desenvolvimento da criança, ela inicia no mundo da fantasia e, com o tempo e de acordo com as relações com os adultos, ela amadurece até chegar na realidade. É por isso que a criança é mestre em mentir.
Por isso, a mentira para um adulto é a verdade dentro do mundo de fantasia de uma criança. Infelizmente, a mentira passou a estar muito viva e presente do mundo dos adultos. Essa brincadeira de mentir, muitas vezes, sem graça, foi institucionalizada no dia 1 de abril. Entretanto, o que vemos no dia-a-dia, são mentiras de verdade e provocam consequências reais.
O que é a mentira
Dentro do mundo adulto, a mentira é um mecanismo de defesa criado pelo ego e acionado pelas emoções mais primárias como o medo. Mesmo nos casos daqueles que mentem para tirar vantagem, ou ser visto como alguém de sucesso, ou proteger alguém que ama ou, simplesmente, para não magoar alguém, na maior parte das vezes, a mentira está a serviço do medo. E o medo pode ser de:
ser julgado,
ser criticado,
ser visto como um perdedor,
não ser aceito,
não ser importante,
de sofrer,
de não corresponder com as expectativas do outro,
de ser humilhado,
de ser demitido,
de morrer,
não ser amado,
ver alguém sofrer,
magoar alguém.
Acontece que a mentira, seja ela qual for, é um sinal de imaturidade e acionada por esse tipo de medo, criado pela mente que mente. E mais de 80% desses medos não são reais! São fantasiosos e fazem com que o adulto regrida ao estágio de criança e aja como uma – com imaturidade. Sabemos que a “mentira tem perna curta”, mas o mais importante que precisamos saber, acreditar e viver é a crença que “verdade liberta”. Não só do medo (que é um grande freio de mão), mas de todos os desabores, desgastes e prejuízos, que a mentira provoca.