Para o fundadores do psicodrama e da dinâmica de grupo, Moreno e Kurt Lewin, um grupo não é somente a soma das suas partes: quando pessoas estão juntas, com interesses interdependentes, elas se tornam um organismo vivo. E, como um organismo, o grupo possui também uma dinâmica própria.
Existem fenômenos singulares que ocorrem apenas no contexto coletivo. Entre eles, incluem-se também os conflitos. Naturalmente, no ambiente organizacional conflitos são bastante comuns e, até certo ponto, saudáveis, pois possibilitam a mudança. Porém, mesmo sendo naturais, muitas vezes é necessário que haja uma intervenção a fim de resolver problemas e otimizar o tempo, não deixando que os conflitos atrapalhem os resultados. No post de hoje, aprenda a fazer uma gestão de conflitos eficiente e resolver problemas entre os colaboradores!
Saiba quando a Gestão de Conflitos é necessária
A definição de conflito, segundo Berg (2012), consiste basicamente em duas forças antagônicas atuando em forma de embate. É uma luta por coisas opostas. Logicamente, se dentro de uma organização os conflitos são constantes, isso significa que opiniões e necessidades diferentes buscam prevalecer em relação a outros.
Portanto, é de extrema importância, nesse caso, existir um mediador que possa fazer uma intervenção. E é justamente a mediação que consiste na gestão desses conflitos.
Na Comunicação Não-Violenta existe um princípio que diz: primeiro a conexão, depois a solução. O que está por trás do conflito são necessidades não atendidas e sua solução é encontrar o caminho do meio que atenda todos os envolvidos, ou, pelo menos, tenha um consenso entre todos daquilo que precisam perder para ganhar. As vezes perdemos lucro para ganhar paz e manter a integridade. As vezes perdemos o dinheiro para manter a amizade ou a paz na família. Cada um sabe o estes disposto perder para ganhar, quais são suas necessidades para estar inteiro e conectado consigo mesmo.
Ajude a restabelecer a conexão perdida entre as pessoas.
Convide os envolvidos a olharem primeiro para suas necessidades não atendidas e se responsabilizar por elas, depois ajude a olhar e descobrir quais foram as necessidades do outro que também não foram atendidas.
Comportamentos inadequados são sintomas
Ajude as pessoas a pontuar os comportamentos ou os fatos que acionaram os problemas e se transformaram em conflitos. Seja um mediador de feedback sem julgamentos ou pressupostos.
Verifique a clareza da compreensão
Ajude a resumir o que o outro falou ou use a técnica de parafrasear, repetindo o que foi dito. Acrescente o fato, pontue a necessidade por trás do fato e certifique-se que a conexão foi restabelecida.
Solução por co-construção
Somente depois da conexão se procura a solução. Na verdade, se constrói junto. O que ficaria melhor para você? E para você? é possível isso? Assim fica bom para os dois?
Não procure abafar possíveis conflitos
É imprescindível que o líder ocupe uma figura de referência capaz de dar voz aos colaboradores, ouvindo o que eles têm a dizer, ainda que seja para discordar do restante da equipe. Oferecer espaço aos envolvidos é essencial, pois comportamentos inadequados são sintomas de algo maior que precisa ser resolvido na raiz do problema, evitando assim a sua recorrência.
Trabalhe o conteúdo por trás do conflito
Uma medida importante é trabalhar o que desencadeia os conflitos (causas já identificadas) para, assim, prevenir futuros problemas relacionados ao mesmo assunto. Caso contrário, a mediação se dá de forma superficial.
A escuta atenta do líder facilita a compreensão das variáveis presentes no grupo, permitindo um conhecimento maior de cada integrante e, assim, facilitando o engajamento deles mesmos para a superação de diferenças.
Destacar as necessidades em comum, trabalhando o espírito de grupo e mostrando que os colaboradores têm muito mais semelhanças do que imaginam, é uma forma de conectar a equipe e incentivá-la a buscar a harmonia no trabalho.
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