Nossa história é marcada por muitos campos de memória, sendo os mais profundos provocados pela escassez, pelas guerras, pelas grandes descobertas e pestes.
Toda grande revolução ou pandemia trouxe morte, caos, crises, mas também oportunidades e uma nova realidade a partir de uma disrupção, ou seja, um ponto de ruptura entre o antigo e novo, um salto de uma consciência para uma outra mais elevada.
Toda nova era ou contextos passados revelaram novas necessidades que estruturas, modelos e sistemas anteriores ou tradicionais demostraram ser incapazes de lidar.
Por mais que estamos vivendo em uma nova era, com abundância (e infelizmente com desigualdade, desperdício e destruição), sem ameaça de guerra, e sim, vivendo a pandemia da COVID-2, os tempos são outros.
Temos mais conhecimento, informação, tecnologia, mas mesmo assim, a maioria das pessoas, lideranças e empresas não estão sabendo atuar neste novo ambiente mais conectado, dinâmico e veloz.
A insistência ou a perpetuação da mentalidade anterior para resolver os novos e mais complexos problemas só trouxeram mais problemas e adoeceram o sistema como um todo.
Sim, não temos certezas de nada, mas o caminho que estamos sendo convidados à trilhar é ampliar a consciência para uma nova mentalidade.
É esta mudança de “mindset” que traz o senso de urgência para outras mudanças e transformações e faz com que vários movimentos espalhados pelo mundo sejam criados para energizar esta disrupção. A Elos360 é um deles.
Por mais que a humanidade adquiriu mais conhecimento, informação e tecnologia, a maioria das pessoas, lideranças e empresas não estão sabendo atuar neste novo ambiente mais conectado, dinâmico e veloz.
Será que a pandemia contribuiu para esta profunda mudança de mentalidade?
A realidade da Pandemia e seu reflexo nas mudanças
Se as mudanças já estavam aceleradas e o contexto já exigia mudanças, a Pandemia acelerou este processo de forma exponencial.
Isto é fato. Em pouco tempo, muitas pessoas foram tiradas da sua zona de conforto e forçadas a entrar numa zona de caos e nova realidade.
Muitas pessoas e empresas aprenderam na marra uma nova linguagem: digital.
Em pouco tempo, muitos que estavam no piloto automático caíram na real e perceberam que o mundo é incerto, sistêmico e orgânico.
Ou seja, somos e fazemos parte de sistemas vivos que estão em constante mudança e, precisamos, urgentemente mudar juntos para criar uma nova realidade.
Para muitos pragmáticos, este pode ser um discurso hippie, mas basta olhar para os fatos e para as muitas práticas, como o planejamento de longo prazo para perceber a perda de validade e os prejuízos da “persistência”.
Sabe aquela crença de que chegamos aqui daquela forma e tem que ser assim? Trabalho a distância não funciona ou para ter produtividade é preciso ficar em cima?
A pandemia provou o contrário. Tá certo que muitos perderam o chão e a segurança de como lidar com as novas necessidades do momento. Mas muitos outros se reinventaram rapidamente.
Segue alguns exemplos de mudanças:
Modelo de negócio
Muitas empresas mudaram o seu modelo de negócio, ou seja, o seu jeito de levar os seus produtos e serviços ao cliente.
Em três meses, muitas empresas fizeram uma revolução digital e passaram a vender online. Hoje em pesquisas recentes desenvolvidas pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comercio Eletrônico) registraram uma alta de 42,31% das vendas online em março deste ano.
Aquelas que já tinham e estavam fortalecendo uma cultura digital, como o Magalu, saíram na frente e não foram tão afetadas quanto aquelas que demoram a fazer a mudança.
Modelo operacional
Modelo operacional pode ser entendido como o jeito de fazer as coisas e o que mais influencia nesta direção são os valores.
O novo contexto tem exigido muito mais velocidade do que excelência, muito mais inovação do que estabilidade, muito mais transparência e consciência do que preço, muito mais simplicidade e praticidade do que status e ostentação.
O nível de consciência do consumidor mudou. Na verdade temos vários níveis de consciência atuando no mesmo contexto. Mas, cada vez mais, a escolha pela vida como um todo e pelo bem comum tem aumentado.
Novas necessidades como velocidade, simplicidade, praticidade, inclusão, cuidar do bem comum influenciam valores e cada vez mais eles tem afetado o jeito de fazer as coisas.
Quantas tragédias aconteceram por conta de um modelo operacional rígido e exclusivamente focado na redução de custos e produtividade?
Mas modelo operacional é só a camada superficial criada por outros tipo de modelos, como o político e o mental.
Modelo político
Algumas empresas foram além e estão em processo de mudança do seu modelo político, ou seja, no seu jeito de decidir e lidar com poder, autoridade e informação.
A maioria das empresas repetem o modelo vertical e hierárquico de poder e autoridade e centralizam as informações e decisões numa minoria que fica no topo ou no “puleiro”.
Esta estrutura, por sua vez, incita uma gestão por comando, controle e previsão e coloca muito poder nas mãos de poucos, que por sua vez, contrata mais pessoas para estar neste papel e cria mais cargos, processos e sistemas para garantir o controle e os resultados esperados.
A recente pesquisa da Gallup sobre este tipo de gestão tradicional já mostrou que é ineficaz.
Cada vez mais, tem se provado que as empresas que tem um modelo orgânico, ou seja, mais descentralizado, colaborativo, humanizado e com propósito superior tem dado mais resultados e resistido melhor as adversidades.
Para mudar este modelo político que afeta diretamente a estrutura e o design cultural de uma empresa é preciso mudar o que na pesquisa da Tanure (resumo abaixo) revelou que ainda falta: o modelo mental
Um exemplo de mudança 360
A agência Suave Comunicação é um cliente da Elos360 e um bom exemplo de uma empresa familiar com 18 anos de sucesso e que está se reinventando 360 graus.
Além de rever o seu jeito de funcionar e acelerar o digital para gerar mais valor aos seus clientes, a Suave Comunicação está em processo de mudança de todos os seus modelos, inclusive os mais profundos e responsáveis pelo os demais: o modelo político e o modelo mental.
Modelo mental
O modelo mental é o jeito de pensar. São as crenças, as convicções, e os princípios que definem o seu jeito de ser, estar e se relacionar no mundo.
É esta mentalidade que molda a cultura de uma organização e é responsável pela sua diferenciação no mundo.
Uma das perguntas do sistema B que fomenta um ecossistema de empresas conscientes e que geram impacto positivo o mundo é: se a sua empresa deixasse de existir, qual seria o impacto no mundo?
Ao contrário da mentalidade tradicional regida pelo ego que busca extrair, conquistar e acumular para ser a maior e a melhor do mundo, o novo modelo mental das empresas que estão operando sob uma consciência mais ampla é busca gerar valor, ser economicamente saudável e impactar positivamente para ser a melhor para o mundo.
Pandemia, pesquisas e mudanças
O resumo da pesquisa realizada em junho de 2020 pela Betania Tanure sobre o impacto da pandemia na cultura das organizações foi que “a pandemia mudou o jeito de fazer das empresas, mas elas não mudaram ainda o seu jeito de ser”.
O protagonismo aumentou 70%, a liberdade de trabalhar do seu jeito 65%, a autonomia 60%, a confiança da delegação com resultados 59%, a proximidade entre pessoas de diferentes níveis hierárquicos 54%,
O que não aumentou e permaneceu igual foi: a coragem para falar a verdade que precisa ser dita, a centralização das decisões, a postura de dono da verdade.
De acordo com a pesquisa, “mesmo que o controle sobre as pessoas diminuíram 52%, o controle sobre os resultados aumentou”.
Resumo
Ao mesmo tempo que a pandemia ajudou na grande transformação da cultura digital, ela também aumentou a cultura da doação, contribuiu para uma visão e ação mais sistêmica, estimulou processos colaborativos, e quebrou alguns paradigmas e crenças limitantes quanto a gestão com mais autonomia, liberdade e home office.
Mesmo assim, a pandemia por si só não foi e nem é capaz de transformar a mentalidade de escassez do sistema coletivo, sendo ainda um potencializador para emoções e reações de sobrevivência, como medo, insegurança e ansiedade para muitos.
Se por um lado a pandemia acelerou muitas mudanças, em especial a inclusão no universo digital, ela continua um convite para mudanças mais profundas como: o que vale a pena, o que é essencial e quem eu quer ser neste novo capítulo da história.
Este campo existencial, por sua, exige a tal mudança de mentalidade.
E mudar a mentalidade, por sua vez, é uma jornada de evolução que precisa de vontade genuína e um processo que não tem receita, mas é revelado e co-construído.
Quer saber como? Entre em contato com a mentoria sistêmica da ELOS360.
Vamos juntos construir uma melhor história;)
Mudançasmudanças na pandemia
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