Mãe. Todo mundo tem uma. Pode até não ter conhecido, estar distante ou não mais presente (fisicamente).
Mas não importa, você só está aqui por causa dela e não tem ideia do quanto ela influencia a sua relação com o trabalho.
Na maioria dos casos é ela quem ensina os primeiros passos e um monte de coisas sobre a vida. Faça uma retrospectiva e reflita o quanto você aprendeu com sua mãe. Mas olhando para um outro universo, o que as empresas podem aprender com as mães?
As mães são receptivas.
A mãe e o feminino recebe. Assim como o terreno que recebe a semente e o útero que recebe o esperma masculino, a mãe recebe o novo papel e os diferentes filhos.
A empresa que aprende a receber o novo e o diferente estará na frente das demais e muito mais preparada para as exigências do presente e futuro.
As mães são acolhedoras e cuidadosas.
Os filhos são os serem mais dependentes e frágeis da espécie humana. Sem o cuidado das mães ou daquelas que ocupam esse papel não existe possibilidade de sobrevivência.
Empresas que acolhem e cuidam de seus colaboradores fortalecem uma cultura e uma gestão humanizada. Isto não só retém pessoas, como acionam o seu melhor e atrai os melhores talentos para a própria empresa. Sabe a máxima do princípio da colheita? Então, colhe-se o que se planta.
Mães são afetivas.
O maior alimento e remédio que se pode dar a alguém é atenção e afeto. Mães são exemplos deste tipo de nutrição. Lógico que todo excesso é veneno e mimar demais prejudica. Já ouviu a frase que aquele líder ou aquela empresa é uma mãezona? Mãezona não ajuda seus filhos amadurecerem. Eles precisam de limite, de regras e, às vezes, ela precisa ser firme e dura (mas sem perder a ternura). Da mesma forma, líderes precisam assumir a autoridade e dar feedbacks verdadeiros ou advertências com responsabilidade, mas todos podem ser com respeito e afeto.
Na medida certa e de forma madura, o afeto nas empresas transformam funcionários em colaboradores engajados e apaixonados.
Este vínculo afetivo quando focado no desenvolvimento pessoal e profissional do outro ajuda no crescimento sustentável da empresa.
Mães se sacrificam.
Ela é a última que come. Às vezes nem consegue se cuidar. Fica dias sem dormir direito. Descansa pouco. Em outras palavras, mães se esforçam muito e se sacrificam por algo maior – neste caso, seus filhos e família.
Esta capacidade de não pensar em si em alguns momentos, assim como se sacrificar pelo outro é vital para as empresas.
Tudo bem que se precisa equilibrar necessidades pessoais e as do outro, mas não agir pelo ego com foco nos interesses pessoais e aprender a pensar e buscar no bem comum ou no melhor do outro é fundamental.
Mães esperam e ensinam.
O próprio processo de gestação de mais ou menos 9 meses já é uma forma forçada de aprender a esperar. Tudo tem o seu tempo. A papinha, a fralda, o engatinhar, os primeiros passos, a primeira palavra, são algumas fases que tem o seu tempo e a sua aprendizagem.
Enquanto o masculino é rápido como os espermatozóides, o feminino aguarda mais pacientemente a concepção. A mãe, por sua vez, espera nascer e já inicia o processo de estimulação e educação para o desenvolvimento do seu filho.
Saber esperar e ensinar são importantes na empresa e faz parte do processo de desenvolvimento.
O feminino e o papel de mãe pode, desta forma não só humanizar empresas, mas garantir um desenvolvimento saudável e uma cultura colaborativa, afetiva e humanizada.
Lógico que as mães podem ensinar muito mais as empresas, mas este é um artigo modesto, assim como costumam ser as mães.
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